Teorias do Jornalismo
Teorias do jornalismo é um assunto recorrente nos primeiros períodos de formação de um estudante da área. E é comum que tenhamos dúvidas sobre muitas delas.
Colocando-me no seu lugar, sei bem como é buscar entendimento diante de tantas teorias de jornalismo existentes. No entanto, vamos voltar nossa atenção para as principais.
A ideia não é esmiuçar, mas sintetizar algumas – 10 – dessas teorias que nos ajudam a compreender como funciona (ou deveria) a produção de notícias.
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01 | Teoria do Espelho
A Teoria do Espelho é de 1850, sendo considerada a mais antiga. Inspirada no Positivismo do filósofo francês Auguste Comte (1798-1857), ela surgiu durante mudanças na imprensa dos Estados Unidos.
A Teoria do Espelho é de 1850, sendo considerada a mais antiga. Inspirada no Positivismo do filósofo francês Auguste Comte (1798-1857), ela surgiu durante mudanças na imprensa dos Estados Unidos.
Seu princípio básico seria a separação de fatos e opiniões, ou seja, o jornalista descreveria objetivamente os fatos. É com base nessa teoria que o jornalista deveria contar a verdade sempre, “doa a quem doer”.
Porém, se você se aprofundar (o que é recomendável) sobre o assunto, observará que é conversa fiada.
> Leitura complementar: O jornalismo como espelho da realidade
02 | Teoria do Gatekeeper
Também conhecida como Teoria da Ação Pessoal, ela prega que as notícias seriam filtradas pelo GateKeeper – ou seja, porteiro/editor – que definiria o que deve ou não ser publicado.
Também conhecida como Teoria da Ação Pessoal, ela prega que as notícias seriam filtradas pelo GateKeeper – ou seja, porteiro/editor – que definiria o que deve ou não ser publicado.
A Teoria do Gatekeeper surgiu em 1950 e foi aplicada ao jornalismo por David Manning White.
03 | Teoria Organizacional
A Teoria Organizacional originou-se na Administração e Psicologia, sendo adaptada recentemente – em 1995 – ao jornalismo pelo sociólogo norte-americano Warren-Breed
A Teoria Organizacional originou-se na Administração e Psicologia, sendo adaptada recentemente – em 1995 – ao jornalismo pelo sociólogo norte-americano Warren-Breed
De acordo com ela, o jornalismo é um mercado e as notícias são seus produtos,portanto é necessária a organização das empresas, situação evidente no livro de Cremilda Medina, ‘Notícia: um produto à venda’. “As notícias são como são porque as empresas e organizações jornalísticas assim as determinam”.
A ideia é simples: quanto mais organizado o processo jornalístico, mais lucrativo.
04 | Teoria do Agendamento
Também conhecida como Agenda Settings, essa teoria diz que o público tende a considerar os assuntos veiculados na mídia como os mais importantes, “agendando” suas conversas por eles.
Também conhecida como Agenda Settings, essa teoria diz que o público tende a considerar os assuntos veiculados na mídia como os mais importantes, “agendando” suas conversas por eles.
05 | Teoria Instrumentalista
Originária da década de 1970, a Teoria Instrumentalista diz que as notícias seriam produzidas de maneira parcial, para servir objetivamente a determinados interesses políticos.
Originária da década de 1970, a Teoria Instrumentalista diz que as notícias seriam produzidas de maneira parcial, para servir objetivamente a determinados interesses políticos.
Os instrumentalistas dividiam-se em direitistas e esquerdistas.
06 | Teoria dos Definidores Primários
Essa teoria considera que as notícias são distorcidas, mas não por propósito dos jornalistas ou dos proprietários dos veículos. As notícias não refletiriam a realidade porque esta seria distorcida pelas próprias fontes entrevistadas pelos jornalistas – os “definidores primários”.
07 | Teoria do Newsmarking
A Teoria do Newsmarking se opõe à Teoria do Espelho ao rejeitar que as notícias não são reflexos da realidade, e defende que o jornalismo é uma construção da realidade.
Por esta visão, o jornalismo “está longe de ser o espelho do real. É, antes, a construção de uma suposta realidade” (PENA, 2010, p.128)
08 | Teoria Unificadora
A Teoria Unificadora surgiria pelo fato de que nenhuma das já citadas conseguiram, sozinhas, alcançar consenso entre os estudiosos para responder questões como:
06 | Teoria dos Definidores Primários
Essa teoria considera que as notícias são distorcidas, mas não por propósito dos jornalistas ou dos proprietários dos veículos. As notícias não refletiriam a realidade porque esta seria distorcida pelas próprias fontes entrevistadas pelos jornalistas – os “definidores primários”.
07 | Teoria do Newsmarking
A Teoria do Newsmarking se opõe à Teoria do Espelho ao rejeitar que as notícias não são reflexos da realidade, e defende que o jornalismo é uma construção da realidade.
Por esta visão, o jornalismo “está longe de ser o espelho do real. É, antes, a construção de uma suposta realidade” (PENA, 2010, p.128)
08 | Teoria Unificadora
A Teoria Unificadora surgiria pelo fato de que nenhuma das já citadas conseguiram, sozinhas, alcançar consenso entre os estudiosos para responder questões como:
O que são notícias?
Por que elas são como são?
Quais os efeitos da notícia?
09 | Teoria Multifactorial da Notícia
Essa é uma teoria que pode ser considerada o primeiro paradigma das teorias do jornalismo. Formulada pelo professor Jorge Pedro Sousa, ela tenta responder as questões agora pouco levantadas.
Por que elas são como são?
Quais os efeitos da notícia?
09 | Teoria Multifactorial da Notícia
Essa é uma teoria que pode ser considerada o primeiro paradigma das teorias do jornalismo. Formulada pelo professor Jorge Pedro Sousa, ela tenta responder as questões agora pouco levantadas.
Em seus estudos, o autor concluiu que: ” A notícia é o produto da integração histórica e presente de forças pessoais, sociais, ideológicas, culturais, entre outros“. Assim, respondeu o que é notícia e por que são como são.
Em relação à questão dos efeitos da notícia, Sousa afirma que “elas [notícias] têm efeitos cognitivos, afectivos e comportamentais sobre as pessoas e, através delas, sobre as sociedades, as culturais e as civilizações”.
> Leitura complementar: Teorias do Jornalismo, Universidade e Profissionalização: Desenvolvimento Internacional e Impasses Brasileiros
10 | Teoria Espiral do Silêncio
A Teoria Espiral do Silêncio começou a ser estuda na década de 60, sendo elaborada pela socióloga e cientista política alemã Elizabeth Noelle-Neuman.
A Teoria Espiral do Silêncio começou a ser estuda na década de 60, sendo elaborada pela socióloga e cientista política alemã Elizabeth Noelle-Neuman.
O conceito da Teoria do Espiral do Silêncio surgiu pela primeira vez em 1972, em um congresso internacional de psicologia, em Tóquio, com a participação da alemã Noelle-Neuman. Todavia, somente em 1984 a teoria foi publicada em forma de livro “Espiral do Silêncio”.
Para entendê-la, recomendo que leia a opinião de Ben Oliveira, jornalista que explica detalhadamente as demais teorias aqui apresentadas e outras do jornalismo.
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